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Desfiles, DFB 2014, Dragão Fashion Brasil, Fashion, Florinda, Ivanildo Nunes, Moda

3º dia de DFB

05 Maio 2014

Post mais que atrasado, eu sei… Mas o conteúdo é bacana.

O terceiro dia de Dragão Fashion foi marcado por alegria. Assisti a dois desfiles, mas foram incríveis. Duas marcas totalmente diferentes, com propostas diferentes, temas diferentes, públicos diferentes.

Tô gostando demais da evolução da marca Dona Florinda, que pela primeira vez se apresentou no evento. Pelo que percebi, agora ela se chamará apenas Florinda. O desfile da marca veio com um conceito leve, coerente e cheio de estilo. Fugiu muito da zona de conforto e, pra uma marca comercial, veio com uma pegada mais conceito bem atraente.

Florinda – QUANDO VOCÊ FLOR…
Pé na grama, cabelo ao vento. Passeio de bicicleta, banho de cascata, gargalhada sem motivo, a companhia de um amigo. A sombra da árvore é um convite para não ver a hora passar. Dentro da casa, tem cheiro de bolo e o abraço de uma xícara de chá. Fotografias tricotam um agasalho de histórias. Viagens mundo à fora, sonhos, memórias. À noite, a lua chega para festejar. Estrela dança, grilo faz serenata e a rádio cantarola aquela música predileta. Um dia para lembrar. Cada minuto foi um presente que plantamos em um vaso. Cresceu a semente. Cresceram os laços. Virou flor, virou folha, cor, luz, textura, ternura. Nasceu dali uma primavera.
A primavera 2014 é a de florescer novos encontros. Primavera de uma nova Florinda. A marca rejuvenesce guardando na caixinha de lembranças o seu “Dona”. O novo nome é um chamado para chegar junto, para aumentar nossa cumplicidade. Neste espírito de aconchegante intimidade, a primavera da Florinda vem com uma coleção criada a partir da memória sentimental da casa da vovó. Na experiência concreta de um cenário de gostosa nostalgia e sob o ritmo de canções e poemas, a coleção traz peças perfeitas para um dia primaveril: uma manhã com atividades ao ar livre com piqueniques e passeios no parque; uma tarde mais cheia de frescor (faculdade, trabalho, happy hour) e, enfim, uma noite iluminada por baladas, jantares e curtição. As peças encantam e espalham alegria por onde passam. Afinal, a estação é de florescer!

IVANILDO NUNES

“É através do texto de Janaina Yhema, o estilista Ivanildo Nunes desperta para o desejo de mostrar a alma feminina cheia de paradoxos e subjetividade, e encontra a ponta do novelo que desenrola a coleção que apresentará no DFB 2014.

“Por muito tempo, fiquei sentada na varanda olhando a vida passar. Tudo parecia calmo e tranquilo. Cresci e fui ficando inconformada com algo que não sabia explicar. Comecei a me despir e ver que tudo ficara diferente. Meu corpo mudara, meus desejos se transformaram e a necessidade de me mostrar era latente. Tudo era enlouquecedor. Os vestidos candy color já estavam esquecidos e o gosto pelo vermelho e preto materializava minha paixão. Paixão pelo mundo, pelo conhecimento, por homens e mulheres que nunca tive. Agora sou outra e quero que o mundo me veja assim!”.

Ivanildo inicia o desfile com vestidos em tons candy colors, simbolizando uma faceta passiva de outrora,que logo explode em um vermelho vibrante,  sintonizados ao preto e dourado.

O estilista apresenta uma família de looks vermelhos pela primeira vez e “acredita que conseguiu deixá-lo sofisticado e longe da possibilidade vulgar”. Para o estilista, o receio em usar o vermelho, desapareceu com tanta beleza. Valentino contestaria, porém, da utilização da cor no ritual ao puro gosto por ela, vai um longo caminho de evolução social e psíquica em que participam inúmeros elementos conturbadores. Daí ser tão complexa a definição do gosto estético em geral.

Ivanildo traz para esta coleção,rendas de bilro, labirinto, crochê, rechilier e  renda renascença mesclados ao tule e às rendas industriais. Verdadeiras preciosidades artesanais, que precisam de contato íntimo para a justa apreciação.

Pensando nisso, o estilista preparou um vídeo que abre o desfile e mostra o minucioso trabalho, desenvolvido junto às comunidades artesãs ao redor do estado do CE, que dominam ao todo, 13 técnicas manuais. Como consultor do da Ceart, ele mapeia constantemente o segmento artesanal e faz inúmeros laboratórios propondo o uso de fios e desenhos diferenciados. Alguns artesãos são receptivos e tornam-se parceiros ou crescem em seus negócios individuais. A grande maioria,uma triste realidade que conhecemos, já não se articula com verve, desacreditados de um futuro promissor. A mão-de -obra, que demanda muito tempo e conhecimento é pouquíssimo valorizada. Muitas vezes, acontece de um artesão trocar alguma peça que pode ter sido necessário um mês para ser finalizada, por um item emergencial de sobrevivência.

Pelo que Ivanildo nos conta, esta dinâmica parece já acontecer de maneira muito natural, onde o atravessador que compra, paga barato porque a outra ponta oferece o produto por um preço que as vezes é o almoço do dia. Falta valorização, antes de mais nada, em ambos os lados. Há, também, o iminente risco de extinção do domínio de tais técnicas. Os jovens não se interessam,e,sejamos compreenssivos: Com acesso a tanta informação, bem ou mal, todos querem horizontes mais amplos, e o cenário do artesanato  se desenha cheio de controvérsias.

As mulheres mais velhas, em geral,são as verdadeiras apaixonadas e cultivadoras de tais riquezas. Já se tornaram parceiras de Ivanildo, e com as quais já estabeleceu uma relação famíliar.

O estilista engavetou um grande projeto para o desfile deste ano por uma questão de cronograma, mas a verdadeira motivação de seu trabalho autoral,é manter vivíssimo e valorizado um grande tesouro brasileiro,o nosso artesanato. Em especial, estas técnicas de incontestável riqueza estética.

Ivanildo faz parte também do Atelier criativo, um projeto do Sebrae,que será experimentado pela primeira vez no DFB 2014, como um piloto, em que as duplas são formadas por designers de roupa e acessórios. O objetivo é apresentar uma peça no desfile, onde a matéria-prima seja totalmente reaproveitada do material utilizado no desenvolvimento da coleção. Nessa jornada, o parceiro de Ivanildo nunes é o designer de joias Cláudio Quinderé, que criou peças em prata especificamente para o desfile no DFB 2014.”
Por Ingrid Furtado.

Sou fã do Ivanildo. Todo ano assisto aos desfiles dele. O cara é a humildade em pessoa. Uma vez ele deu uma palestra  na faculdade que estudava, e desde então fiquei encantada com o trabalho dele. É tão pé no chão, longe de querer aparecer como um estilista estrelista.

E aí, ele vem e me apresenta uma coleção dessas. É pra realmente me deixar apaixonada. Vestidos que mais parecem sonhos. Acabamento impecável. Coleção com elementos de transição bem claros. Famílias bem definidas. Tecidos bem escolhidos. Eu sai da sala desejando todos. MARAVILHOSO, pra aplaudir de pé.

E aí, gostaram desses desfiles? Que não teve a oportunidade de assistir, estão disponíveis os vídeos da apresentação. Muito incrível, né?

1º Dia, DFB, Dragão Fashion Brasil, Lino Vilaventura, Look do dia, Mar del Castro

1º dia de DFB

24 abr 2014

Começou o Dragão Fashion Brasil, evento que amo participar, pra acompanhar os desfiles de grandes artistas (não necessariamente conhecidos e renomados), conhecer novas pessoas, reencontrar amigos, adquirir muito conhecimento, etc.

A noite passada foi bem divertida, e apesar de eu não ter conseguido assistir a vários desfiles, absorvi bastante informação. Foi uma prévia do quanto os próximos dias valerão a pena.  O look que escolhi pra ir ao evento foi esse. Fiz esses cliques antes de ir, mas acabei não indo com essa tiara na cabeça, e sim com um colar no pescoço, e como os cliques lá ficaram péssimos… Preferi mostrar essa foto pra vocês!

A blusa e a saia são da nova coleção da Journey (@journeyoficial), que está linda demais. Fazia tempo que queria uma saia lápis assim. Amei a modelage, a estampa, o comprimento. E é exclusiva nossa, ein? A blusa e a sandália são basicamente do mesmo tom, e deixaram a produção mais vibrante. A sandália é da Schutz.

Os dois desfiles que assisti foram: Mar del Castro e Lino Vilaventura. Já havia assistido o do Lino no SPFW, e foi igualzinho ao apresentado ontem. Dois desfiles encantadores.

Cheguei em casa e já fui pesquisar se o que entendi dos desfiles, foi o que eles se propuseram a “transmitir”. Pesquisar e entender o conceito é fundamental pra no final tudo fazer sentido, afinal, ninguém é obrigado a captar de cara o que foi pensado naquele momento pelo estilista. Confiram um pouquinho das “histórias contadas” :

Mar Del Castro, Verão 2014/15: “Uma Coca-cola em Copacabana”

“Summertime/and the living is easy…” Interpretados por Billie Holiday, os versos da canção inspiram a essência da coleção. Uma narrativa imagética aliada à performance sobre a história, a vida, a praia, o céu e areia luminosos, que resgatam em tempos de inclusão, a figura das “Coca-Colas cearenses”.

Os ¨shapes¨ da coleção se estruturam em maiôs de modelagem tradicional e outros de modelagem mais ousada; os biquínis ora trazem um apelo ¨vintage¨ ora se estruturam em ¨Beach Couture¨. Kaftans em comprimentos variados, esvoaçantes, texturas múltiplas: recortes, estampas e patchworks. Elementos de estilo da marca, como sobreposições, o artesanato, aplicações e bordados voltam à coleção, enquanto ícones de identidade da marca.

Esse ano Mar Del Castro entrou em parceria com Jomara Cid, chapeleira, no projeto O Atelier Criativo Brasil que é uma realização do SEBRAE-CE, que busca promover a conscientização empresarial e social sobre a importância da requalificação e utilização “criativa” da matéria prima residual de uma empresa de Moda em seu próprio processo produtivo.” Fonte: DFHouse

Já é o terceiro ano que assisto ao desfile da marca, que tem uma identidade bem forte. Todos os anos traz leveza, e resgata bem as raízes nordestidas, com elementos bem típicos da nossa região. Já teve ano que foi a cabaça, por exemplo. Rendas, trabalhos manuais, valorização da mulher nordestina. Sou fã!

Lino Vilaventura, Verão 2015: 

O desfile da grife foi divida em duas partes. A primeiro retratava um cenário africano, no qual estampas de animal print sublimadas, nervuras e tons terrosos caracterizavam o trabalho do artista. Já no segundo, era perceptível a inspiração vinda do Oriente, começando com nuances mais suaves como o nude e o azul e finalizando com o vigor do vermelho, amarelo limão e o branco. O tie-dye e os tecidos com acabamento amassado estavam bem presentes. 
Mulheres caminhavam com longos vestidos fluidos, enquanto os homens desfilava blazers, casacos, bermudas e calças com uma alfaiataria ampla e desconstruída. Detalhe: Todos os modelos com os pés no chão.
Os materiais foram: Seda, Organza, Gaze de seda pura e Jersey de seda. Também trabalhou com  bordados de cristais que refletiam como pontos de luz iluminando as peças.

E hoje tem mais…

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